Perigo! Pode estar carregado de estupidez excessiva. Lê à tua conta e risco.

11.1.06

Um para cada Um

Foi hoje pertinentemente noticiado o “Fim dos Galheteiros”. Apesar de não ser o “Fim do Mundo” é francamente uma perda enorme na cultura folclórica portuguesa. Confundo sempre os Galheteiros com os Pauliteiros (de Miranda) mas os pauliteiros dançam com o pau na mão, enquanto os galheteiros distribuem galhetas sem pau na mão. “É uma confusão estúpida” diz-me o 2º neurónio, pelo que peço desculpas aos galheteiros.

Agora, sempre que formos a um estabelecimento da área da restauração, é proibido por lei, vir para a mesa um galheteiro com o azeite e o vinagre. Continua a vir para a mesa mas em (e passo a citar) “pacotes invioláveis”.
Primeiro: que piada tem um pacote se é inviolável?
Segundo: existirão mesmo pacotes invioláveis ou será tudo uma questão de se convencer o pacote a deixar-se violar, tendo para isso o precioso auxílio do azeite?

Julgo que não é tão mau como soa… Assim temos a garantia de poder confirmar pelo rótulo a origem do azeite (não fosse haver algum vegetariano que se recusasse a consumir azeite Gallo) e também que ninguém cuspiu, lavou qualquer parte do corpo, ou deixou cair o azeite ao chão limpando depois com uma esfregona espremendo-a de seguida de novo para o frasco, no nosso azeite.

Estes pacotes individuais levantam outra questão bastante mais importante, como é o egoísmo inerente a cada um de nós… “Não mexas aí que esse é o meu pacote” passará a ser uma frase bastante ouvida nos restaurantes, principalmente vinda da boca de crianças (pequenas ou grandes) mimadas.

Se cada pessoa tem para si o seu pacote, isto significa que provavelmente não o consumirá na totalidade, e a não ser que alguém o consuma por si. Se o pacote não é bem consumido haverá desperdício do seu conteúdo… Quem fica a ganhar com isso? As companhias de azeite.

PS: Pequeno exercício: experimentem ler o texto, substituindo “pacote” pelo seu sinónimo calão (rabo, cu, etc.)

1 Comments:

Blogger Kamala said...

Exacto... um pacote depois de aberto, se não é consumido estraga-se!

E o que não falta hoje por aí são pacotes estragados...

11/1/06 19:50

 

Enviar um comentário

<< Home