Perigo! Pode estar carregado de estupidez excessiva. Lê à tua conta e risco.

18.10.05

Oh tempo... volta para trás!

Quando somos crianças temos medo de coisas que não existem. Os famosos “monstros debaixo da cama” ou “monstros no armário”. Se realmente existissem monstros no nosso quarto, não seriam eles meninos para nos assustar dali para fora, ou comer-nos (seja lá o que os monstros fazem às crianças), e ficarem eles lá a viver, numa cama confortável? Mas nós nunca nos questionámos.

Também adoramos coisas que não existem. O Pai Natal – o verdadeiro e não os milhares de “lobos na pele de carneiro” que existem por todo o lado a tentar sentar-nos no colo. Se o Pai Natal existisse teria que ser muito mais magro para caber nas chaminés, ter outros métodos para entrar numa casa (porque hoje em dia quem tem chaminés?) e vestiria sempre preto (por causa da fuligem nas chaminés que ainda existem e para passar mais despercebido à meia noite). Seria uma espécie de “ninja” (o corrector do Word sugere “ninfa” ou “ginja”). Como isto em termos de marketing não resulta (ninguém imagina um ninja a publicitar a Coca-Cola no natal), temos um velhote gordo e artrítico, de face rosada (pelo vodka que tem que beber na Lapónia para se aquecer), de veludo vermelho e farta cabeleira e barba branca, que adora “sentar os meninos ao colo” e “premiar” os mais “bem-comportados” (se a PJ não investiga é porque não existe). Mas nós nunca questionámos.

Acreditávamos também que os bebés vinham em cegonhas e que se vivia “felizes para sempre”.

Ah… como é bela a inocência!