4 Aniversários e um Funeral

Ultimamente tenho notado com algum desdém a tendência que há para relembrar situações catastróficas de uma forma semi-positiva. A tendência não é de hoje, eu é que só reparei agora... e com desdém. Todos os anos em Setembro, temos o aniversário do atentado terrorista em Nova Iorque. Este mês, a par do aniversário do Filho de Deus, temos o aniversário do Tsunami.
Normalmente só compareço nos aniversários de quem gosto, mas parece que a generalidade da sociedade tem outras ideias. Brado aos céus a minha indignação (não é todos os dias que tenho a oportunidade de bradar), mas recebo apenas o cócó de pombo pela minha insolência.
Infelizmente os ideais ambientalistas estão cada vez mais enraizados, e os media são o epítome dessa doutrina. Reciclam, como se não houvesse amanhã, as notícias do passado, premiando assim estas "Enfants Terribles" com festas de anos muito melhores que a minha!
Ok... melhores que a minha é díficil, porque tinha montanhas de gajas de bikini à beira de uma piscina, mas eu não convidaria para os meus anos um Tsunami.
Realmente o Natal tem o dom de nos pôr momentaneamente a ver o mundo de outra perspectiva. Ainda bem que "é sol de pouca dura" (o sol tem-na pouco dura?) e passa logo 10 minutos depois da meia noite com certas distracções.
Dia 31 de Dezembro vou a um parto/aniversário/funeral (ou PAF)... Num momento mágico, à meia noite, nasce um novo ano, morre o velho, e "faz anos que morreu" o ano x. Fará, também nesse dia, anos que fui a um Paf, qualquer que ele seja. Isto não faz muito sentido e é confuso, prova que já estou em estágio para o próximo Paf. Existe uma panóplia (muito boa esta palavra) de coisas sem sentido num Paf. Vestir cuecas novas e azuis, subir para uma cadeira com notas numa mão e partir um copo, engolir passas rapidamente enquanto se formulam desejos e se brinda com espumante. A parte das cuecas novas ainda se percebe... Ninguém gosta de ser apanhado bêbado, em cima de uma mesa, de calças em baixo e com cuecas rotas ou descosidas, mas porquê azuis? Será para dar um ar mais sóbrio?

A todos um bom

Como não podia deixar de ser, e seguindo a tendência de toda a blogosfera e restantes esferas no geral e no particular, tenho que vos falar do Natal. Terra do nordeste, tão perto do Equador… Aham! Época de paz e amor, em que trazemos para o nosso quotidiano velhotes barrigudos, duendes, e uma espécie de veados de nariz vermelho, meninas vestidas de mãe natal a quem apetece abrir os pacotes e dar-lhes presentes. A todos estes seres da mitologia moderna, tratamos por “tu” nesta época do ano.
Eu tenho sido um bom menino ao longo de todo o ano, tenho comido legumes, nem sequer pedi nada, e o que ganho com isso? Uma bela quadra natalícia passada à procura de emprego, com clientes que não pagam a horas, preocupações, e X-Box 360º nem vê-la. É por isso que se tivesse chaminé, punha o pinheiro de natal lá dentro e uma embalagem de Halibut.

Se virmos bem, mesmo historicamente, a malta que oferece presentes nunca percebe muito daquilo. Já os Reis Magos, mesmo com toda a sua sabedoria, foram oferecer a uma criança recém-nascida ouro (o que é que uma criança faz com aquilo? Filigrana?), mirra (uma espécie de planta que entra na composição de algumas pastas de dentes “herbais”) e incenso. O incenso acaba por ser útil para disfarçar o cheiro da manjedoura. A conclusão que se tira é que, a cada 3 prendas, apenas uma se aproveita e as restantes, ou são inúteis, ou lixo. É uma razão bíblica, que ainda hoje se aplica. Por cada X-Box 360º recebemos um par de meias e uma caneta, por cada “envelope”, recebemos um “boné à velho” e um porta-chaves do Sporting. Desconfio que as prendas más, são as mesmas entre toda a gente, rodam ciclicamente toda a população e as pessoas apenas têm o cuidado de não re-oferecer a prenda ao oferecedor original, havendo contudo, algumas perdas quando são oferecidas para caridade ou para venda nas “quermesses”.
E para que raio serve meter as prendas no “sapatinho”? Qual é a prenda que vale a pena e cabe dentro de um sapatinho?
Sugiro que se comece a adoptar para o Natal, o mesmo sistema das listas de casamento!

Também não gosto das decorações de Natal. Luzinhas e tal inda vá, mas meter anõezinhos, normalmente chineses, vestidos de pai natal, pendurados nas varandas e janelas… com este frio? O sindicato dos anões chineses devia insurgir-se contra este atentado.

PS.: Para quem já percebeu o que quero para o Natal, organizem uma vaquinha entre todos…

"Butt Spree"

“Trabalho, a quanto obrigas” é uma expressão que não estou muito certo nesta altura se existe mesmo, mas como serve para introduzir mais um tão esperado post…

Um português que se preze não pode ter um pouco mais de volume de trabalho que é o suficiente para negligenciar as coisas realmente importantes… como os glúteos bem trabalhados (o glúteo - para quem não frequenta um ginásio - é o músculo da nádega - e para quem frequenta também).

Fui recentemente a um Festival Nacional de Glúteos Bem Trabalhados chamado “Aveiro Manz Fitness – XII Convenção Internacional de Actividade Física”. Apesar de parecer uma das coisas menos másculas que um macho pode fazer, juntamente com depilar-se, é na realidade uma orgia de rabos bem tonificados que tendem, felizmente, a aparecerem-nos no campo visual nas poses mais apetitosas possíveis. A pista aparece-nos mesmo numa onomatopeia disfarçada de numeração romana, no nome do evento.

Como a moda é importante, e como exercício faz transpirar, não é de estranhar quando se encontram as Portadoras do Glúteo munidas de extravagantes indumentárias, muitas vezes estilo bikini ou calças justas e BRANCAS que não deixam muito à imaginação.

Por favor não acreditem em mim quando digo bem deste tipo de eventos em que também existe uma elevada percentagem de homens depilados… Sou claramente suspeito, porque vou pelo convívio com as raparigas e para comprar roupinhas… e não quero que apareçam, acabando com a razão de 100 raparigas por cada homem.

A bem do espectáculo, fiquem em casa!

P.S.: Deixo-vos com dois glúteos bem trabalhados.