Perigo! Pode estar carregado de estupidez excessiva. Lê à tua conta e risco.

28.9.05

Asneirada que faz bem

Estava eu a lembrar-me de bons momentos passados em família, em que o meu avô com as suas piadas habituais decidia dizer a palavra “Traque” para delírio dos mais pequenos, quando comecei realmente a reflectir sobre o desenvolvimento das asneiras na psique do ser humano.

Quando começamos a falar, e ainda somos pequenos petizes, qualquer palavra que seja pouco utilizada é potencialmente uma asneira, principalmente palavras que não conhecemos. Quando dizemos a uma criança dos seus 4-5 anos qualquer palavra terminada em “rreia”, “i”, “oca” ou “ó” é garantia de uma bela gargalhada infantil.
Exemplos de palavras que fazem rir as crianças e que elas utilizam como asneiras:
- Cocó – Xixi – Diarreia – Ranhoca – Pum - Pipi

Crescendo um pouco mais vamos pondo de lado estas palavras como sendo normais, e passamos a rir-nos de palavras mais sofisticadas e na pré-adolescência já só achamos piada a “asneiras” como: Traque, Bóbó, Merda, Escarra, etc.

Quando atingimos a idade adulta, perde-se toda a inocência e utilizam-se as asneiras de hoje em dia, que toda a gente sabe e não é preciso referir (sim todas aquelas mais hardcore que vocês utilizam quando fazem “o amor”).

Engraçado é verificar que dentro de determinados contextos apenas a utilização da palavra em voz alta é suficiente para provocar gargalhadas (para o seu público etário). Por exemplo para os mais novos é suficiente dizer-se com adultos à volta “cocó” para os restantes petizes começarem a rir a bandeiras despregadas (num próximo post falarei destas expressões populares ilógicas). Num grupo de adolescentes basta um “espirrar” no meio de uma aula de história (ou qualquer coisa) a palavra “cona” para ser risota geral. Nos adultos basta alguém dizer “Mário Soares” num contexto de presidenciais para provocar enormes gargalhadas ou “Estádio Alvalade” num contexto de estádios de futebol.

Rir é o melhor remédio!

27.9.05

Onde estás David?

Alguém (não perguntem quem, pesquisem) disse um dia:

“A medida da alma é a dimensão do desejo”

Isto é bonito e remete-nos para essa questão tão importante como é a alma e o seu tamanho (mais uma vez a questão do tamanho a tomar importância em mais uma área).
Será que a alma cabe no corpo? Será que o corpo fica largo à alma, à medida ou apertado? Ou pode a alma transbordar do corpo? Isto é uma questão que me aflige… Se a alma for maior que o corpo podemos estar constantemente a atravessar as almas dos outros, sentar-nos em cima delas. Desviamo-nos de uma “prenda” no passeio mas a nossa alma pisa-a com toda a convicção...

Depois temos também a questão ergonómica. Será que por exemplo a alma de um basquetebolista de 2m tem o mesmo tamanho que a de um anão? E será o tamanho da alma importante (aqui temos novamente a velha questão com outras variáveis) ou conta mais a sua densidade e concentração? Poderá o anão ter uma alma que talvez não seja maior mas seja mais dedicada e trabalhadora?

Se o tamanho da alma for proporcional ao tamanho do corpo então há pessoas que vão ocupar mais espaço no céu ou no inferno, o que faria com que Deus desse mais a uns do que a outros. Então valeria a pena a obesidade para uma melhor existência no além-vida, e isso talvez explique o volume, histórico e estatístico, da classe eclesiástica. Se por outro lado as almas forem todas iguais, fará isso de Deus comunista?

Há ainda o aspecto do brilho da alma. Dizem os esotéricos que existem certos seres “iluminados”. Por oposição devem existir também os “apagados” e todo o espectro que liga os dois extremos. Como os fotões (partícula que transporta a luz) emitem energia que é depois convertida em calor, então será justo que uns aqueçam mais do que outros? Enquanto outros não aquecem nem arrefecem? Seriam Jesus Cristo, Buda, Dalai Lama, etc. aquecedores de almas?

Será a diversidade física do ser humano acompanhada pela mesma diversidade na alma?
David Attenborough precisamos de ti!

Papillon

Como recebi algumas queixas de falta de erudição nos meus conteúdos aqui fica uma tentativa de melhoria (claro que é uma tentativa estúpida, como estúpida é a necessidade de erudição).
Vamos reformular a frase de um post anterior e passar a utilizar:

"Estou com papillons na barriga!"

Como se verifica o nível é substancialmente mais elevado, e merece caviar e champagne (francês e não do baratuxo) para ser devidamente apreciado. Para além disso "papillons na barriga" tem um cariz mais leve. Parece-me que ter papillons na barriga incomoda menos do que ter borboletas na barriga que são nitidamente animais mais agressivos à parede estomacal e provocam mais gases de certeza.

26.9.05

"Tau"-ísmo

Como explicar aquilo que é, talvez, um dos maiores mistérios do mundo actual? Existem no mundo milhares de fetiches, cada um com o seu grau de estranheza e “kinkycidade”, mas nenhum provoca tanta controvérsia como a famosa palmadinha. Porquê? É a questão.

Algumas correntes explicam-no como uma forma do homem transmitir à sua parceira, tal como os atletas de desportos colectivos fazem entre eles, todo o apoio e companheirismo, e a apreciação de um trabalho bem feito. Uma mensagem do tipo: “Muito bem querida, é assim mesmo, estás lá, sabes bem!” fica totalmente traduzida num valente “tapinha” seco numa das nádegas. Apenas muda o “meio” neste processo de comunicação.

Outros dirão que é apenas um desejo animal de submissão da parceira, com conotações S&M ou ainda uma reminiscência Freudiana da infância quando nos portávamos mal (tal como a fixação da maioria dos homens pelas maminhas ser resultante da amamentação)

A questão é isso tudo e é também muito mais alargada que isso. Está ao nível das grandes demandas da humanidade, da procura de Deus e do sentido da vida. É, tal como os orientais souberam muito bem traduzir nas suas doutrinas, uma questão de FÉ. Se for aplicado com bastante fé, o “Tau” tem um carácter que se sente!

21.9.05

Borboletas

Existem expressões que não se compreendem. Muita gente (muito maioritariamente raparigas) utiliza a expressão “estar com borboletas na barriga” para descrever as sensações que certas pessoas lhes provocam (normalmente rapazes). Isto é um fenómeno muito curioso e quase exclusivamente feminino (salvaguardo apenas alguma hipótese que não conheça… não negue à partida…). Alguém pensa num homem viril a dizer “Ai, aquela rapariga dá-me a volta à cabeça. Até estou a ficar com borboletas na barriga”? Concordam que é extremamente abichanado, não só pelo carácter delicado desse insecto, como também porque um homem como deve ser apenas sente na barriga o volume das cervejas. Era caso para gozar com determinado indivíduo que utilize essa expressão bradando a boa voz “Olhó borboletinhas na barriga!”.

Outra expressão que não se compreende (e igualmente abichanada) é o estado de espírito “Assim, assim”. É no mínimo pouco claro e semeia a dúvida. O que será “estar assim, assim”? Será um estado de “eco” permanente? Fica lançado o debate.

Hoje é MABON

Não, não é nenhum tipo de calão, nem sequer uma marca de pneus. Realmente é natural que ninguém ligue a estas coisas hoje em dia, mas os nossos antepassados celtas, e alguns neo-pagãos saberiam/sabem certamente. Está certo que hoje em dia são minorias (já não existem celtas e os neo-pagãos não andam por aí a pontapé) mas mesmo assim é uma data digna de nota. Trata-se do Equinócio de Outono em que o dia e a noite têm a mesma duração.

Claro que isto na prática só significa que a partir daqui temos sempre noites maiores e que podemos apanhar bebedeiras com uma duração muito superior. A expressão “All night long” toma proporções um pouco diferentes à luz deste fenómeno astronómico.

Os antigos celebravam este tipo de datas com rituais bizarros como dançar todos nus em círculos apenas com a lua como plateia. Certamente toda a gente sabe o que acontece quando se dança em círculos, e necessariamente um grupo de homens e mulheres como vieram ao mundo a entontecer só pode dar mal resultado. Ou bom… se calhar é daí que vem o nome!

Ground Zero

Cá está o primeiro post de uma série que se pretende grandiosa e gloriosa. À guisa de apresentação, é necessário talvez lançar alguma luz sobre o título do blog, não vá algum leitor ficar com medo de cá entrar (situação que já me aconteceu em certos blogs de nomes assustadores que não tiveram o bom senso de se apresentar). O título prende-se com a temática! Irei falar de situações da vida real (às vezes poderá não parecer), muitas vezes situações sensíveis e (se possível) polémicas. Outro sinónimo para "sensíveis" ou "polémicas", dependendo do contexto, pode ser "perigosas". Sendo esta uma área (ou "zona") que pretende tratar de tais assuntos, não é difícil perceber (ou é?).
O meu objectivo pessoal para este espaço é que, a curto prazo seja o blog mais lido e comentado da blogosfera, se transforme numa coluna de um jornal de grande tiragem e prestígio, num programa humurístico e de opinião, e mais tarde numa longa metragem! (Claro que a fasquia tem que ser alta, há que se ser ambicioso, e só assim se cria uma expectativa que vai motivar as massas. Isto meus amigos, é Marketing! Ou então pura estupidez - qualidade com que poderão sempre contar).