Perigo! Pode estar carregado de estupidez excessiva. Lê à tua conta e risco.

20.10.05

Rainha, onde está você?

Depois de um pseudo furacão que acabou por ir reformar-se noutras paragens e da temida pandemia (não é o nome do pão que a Mia come! Depois de muita pesquisa em vários dicionários aqui fica um pouco de cultura: Doença que ataca ao mesmo tempo um grande numero de pessoas, na mesma região ou em grande número de países; Grande epidemia) das aves, eis que Portugal sofre um novo flagelo.

Vêm do outro lado do atlântico às “pázadas” e estão já infiltrados nas áreas mais influentes da nossa sociedade e economia (como o sector da restauração e do comércio). São mais de 80 mil, sem contar com os ilegais (curioso os americanos usarem a palavra Alien para emigrantes ilegais) e começaram por nos habituar à sua língua através das telenovelas. Graças à essa influência é hoje para nós, totalmente natural entrar numa loja e sermos atendidos por uma Juraci ou por um Danilo sem questionar. Algo que já não me acontece há muito tempo é escolher um qualquer restaurante de fast-food e ser atendido em português de Portugal. É por essas e por outras que o povo português aprende línguas tão facilmente.

Muitas vezes os brasileiros que por aí andam são também pretos ou escurinhos. É caso para dizer que uma desgraça nunca vem só. Não me levem a mal, não tenho nada contra brasileiros, e contra os brasileiros pretos só tenho pedras da calçada. Gosto muito do samba, da cultura, da bossa nova e das “bossas das novas”. Ter um brasileiro por perto, é, regra geral, sinónimo de descontracção e “show dji bola”.

Pensamos que vêm em busca de uma vida melhor, mas no fundo é uma invasão concertada e paciente de todas as áreas das nossas vidas. Eu já tenho uma cá em casa!

Será que nos bastava encontrar a “Rainha-mãe”, eliminá-la e eles paravam de aparecer?

PS: Qualquer comentário que possa ser considerado politicamente incorrecto é totalmente deliberado e não pretende ofender ninguém especificamente mas apenas o povo brasileiro no geral. (Brincadeirinha)

19.10.05

Chá para o Cristiano

Existem realmente muitas diferenças sociais no mundo. Um gajo mesmo quando prevarica, pode ser detido por diversas instituições policiais, e é isso que determina o status de um criminoso. Ser detido pela GNR (vulgo géninha) não é nada prestigiante no seio da comunidade criminosa. Fica-se logo com um rótulo de facínora da província colado na testa.
Se for pela PSP já não é tão mau, mas mesmo assim os outros malfeitores olharão de um modo travesso para um “chunga” suburbano. Só é verdadeiramente respeitado o profissional do crime detido pela PJ. Apesar da sigla que faz lembrar a juventude popular mas ao contrário, os detidos por esta força policial são como a “classe média” do crime. Só pessoas com um certo nível intelectual criminoso para serem apanhados pelos especialistas.
Ser preso pela Interpol é ser uma espécie de campeão dos criminosos. São criminosos internacionais, que arreliaram muita gente a ponto de serem perseguidos além fronteiras.
Depois existe o Jet7 do crime: ninguém me tira da ideia o nível que é ser preso por um agente da Scotland Yard. Só o nome já nos faz pensar em interrogatórios acompanhados de chá e scones, numa sala vitoriana decorada com obras de arte rafaelitas. Assim o crime compensa. É uma espécie de polícia de 5 estrelas, um “resort” do crime.

Pelos vistos o Cristiano Ronaldo também pensa assim… Já que é para ser detido, que seja por algo condicente com o seu estatuto de ídolo de milhões!

18.10.05

Oh tempo... volta para trás!

Quando somos crianças temos medo de coisas que não existem. Os famosos “monstros debaixo da cama” ou “monstros no armário”. Se realmente existissem monstros no nosso quarto, não seriam eles meninos para nos assustar dali para fora, ou comer-nos (seja lá o que os monstros fazem às crianças), e ficarem eles lá a viver, numa cama confortável? Mas nós nunca nos questionámos.

Também adoramos coisas que não existem. O Pai Natal – o verdadeiro e não os milhares de “lobos na pele de carneiro” que existem por todo o lado a tentar sentar-nos no colo. Se o Pai Natal existisse teria que ser muito mais magro para caber nas chaminés, ter outros métodos para entrar numa casa (porque hoje em dia quem tem chaminés?) e vestiria sempre preto (por causa da fuligem nas chaminés que ainda existem e para passar mais despercebido à meia noite). Seria uma espécie de “ninja” (o corrector do Word sugere “ninfa” ou “ginja”). Como isto em termos de marketing não resulta (ninguém imagina um ninja a publicitar a Coca-Cola no natal), temos um velhote gordo e artrítico, de face rosada (pelo vodka que tem que beber na Lapónia para se aquecer), de veludo vermelho e farta cabeleira e barba branca, que adora “sentar os meninos ao colo” e “premiar” os mais “bem-comportados” (se a PJ não investiga é porque não existe). Mas nós nunca questionámos.

Acreditávamos também que os bebés vinham em cegonhas e que se vivia “felizes para sempre”.

Ah… como é bela a inocência!

Invenção da Década

Existem “indevidos” que são capazes de passar horas a falar ao telefone. Hoje em dia já nem é um telefone normal, é o telemóvel. Ou seja, podem falar durante horas e, mesmo assim, continuar a trabalhar, conduzir, etc. sem com isso melhorar o seu desempenho. Há um fascínio qualquer nos telemóveis que eu não atinjo. Muito dificilmente falo ao telefone, e quando o faço é pelo tempo indispensável e chego mesmo a despachar as pessoas, de uma forma discreta:
Do outro lado: - Olá querido! Estás bom? Estava com taaaantas saudades! Que estás a fazer?
Eu: -Piiiiiiiiiiiiiiii!

É digno de nota que são as mulheres que têm fama de falar muito ao telefone. Isso explica-se primeiro com o sinal de chamada. Podem escolher a música mais em voga (como o Crazy Frog) para impressionar os amigos e melhor que tudo… Vibra! Depois o fetiche de ter alguém durante horas a falar-lhes ao ouvido é algo que não carece de explicação. A própria escrita do SMS requer um treino intensivo nos dedos (muito útil para certas actividades individuais femininas) e permite-lhes dar azo à criatividade literária escrevendo tudo com “xis” (ex: pexoal, abraxo, beixinhox…).
Ter na mão algo duro, relativamente comprido, que vibra, exercita os dedos, e lhes fala ao ouvido, exerce uma tal atracção que chegam muitas vezes a ter, não um, nem dois, mas três exemplares diferentes!

Já existem milhares de modelos de telemóveis que não são “só” telemóveis (PDA, máquina fotográfica, câmara de filmar).
Deixo aqui uma excelente ideia de negócio:
“O Teledildo”

Assim o sector das telecomunicações continuará a ser o de maior crescimento em Portugal!

14.10.05

Nós ou as aves?

Curioso (no mínimo) verificar, em plena problemática da “gripe das aves”, que a instituição que fiscaliza e inspecciona os animais se chama “ANCAVE” (Associação Nacional de Centros de Abates de Carne de Aves). Verbalizem em voz alta e várias vezes ANCAVE. Utilizem a sigla em frases como “ANCAVE protege-nos!” ou “Há uma grande ANCAVE a tratar de mim”. Toma um efeito muito mais curioso se o dissermos enquanto imitamos um sotaque açoriano, madeirense ou alentejano. Experimentem!

12.10.05

Secreções Globais

Temos que encarar com realismo o facto de que, talvez acima de 80% das horas diárias, um gajo pensa SECRE (Sexo E Coisas RElacionadas). Podemos pensar como o sexo afecta a nossa vida, os nossos relacionamentos, os nossos desejos e impulsos, mesmo o nosso comportamento a nível de consumo e até artístico. Mas não… não foi em nada disso que estive a reflectir. É o fantástico nome das posições sexuais que me intriga. Senão vejamos…

A posição mais comum de todas tem nomes muito bizarros como “posição do missionário” (não é parecido com nenhum tipo de reza, nem sequer muçulmana; e ao que me consta os missionários não o fazem). Existem ainda outros nomes como “papá-mamã” como se uma criança entra de repente no quarto dos pais enquanto “o” fazem e, não compreendendo, o diz. Outras variantes da malta mais “merceeira” (sem desrespeito à classe) são “posição de mercenário” ou “posição demissionário” o que nos remete para universos interessantes.

Outra posição (que eu não sei o que é) é a “posição de passarinho”. Isto apenas faz pensar em pombos… e toda a gente sabe o que os pombos nos fazem em cima, mas há gostos para tudo.
A famosa e popular “canzana” também pode tomar a forma “à cão” que eu prefiro, que é muito mais animal, pressupõe unhas cravadas nas ancas e dentadas nas costas e um monte de outros “cães” à volta à espera de uma oportunidade. É necessário criar uma entidade reguladora da língua portuguesa, pois está visto que, ao abandono, surge de tudo e se pode inventar (e reparem como esta expressão fica bem no contexto dos SECRE) “tudo o que nos vier à cabeça”. Não deixa de ser curioso este aspecto animal no nome das posições que conta ainda com um exemplo equídeo na posição “da cavaleira”.

Ainda outra posição é a “cubana”. Tendo em conta que se refere ao sexo anal, questiono-me se tem origem numa justaposição das palavras “Cu” e “Abana” ou se tem alguma conotação com o país dos “charutos acastanhados”.

Há ainda a questão com os números. Existem imensas SECREções que têm um fascínio pela matemática. Seja na “menáge à trois” ou no 69, passando pelo 11, pelo 22 e pelo “cinco contra um”. Até o sector da pesca e da carpintaria contribuiu com a “conchinha” ou “cadeirinha”.

Como o sexo é um fenómeno global, são naturais as influências das mais diversas áreas (biólogos, matemáticos, humanistas, merceeiros, carpinteiros, pescadores, e até dos comunistas) e classes sociais. Todos querem deixar o seu cunho pessoal. E aqui fica o meu:

Posição do “Louva-a-Deus” – baseada numa ancestral técnica do Kung-Fu, caracteriza-se pela constante exaltação de Deus (de qualquer credo) durante o acto.

7.10.05

Todos os Nomes

O universo do submundo é intrigante a vários níveis. Um deles está na utilização da língua. O calão é a língua oficial e há várias coisas de extrema estupidez, como os substantivos que se dão às coisas, principalmente coisas ilícitas.

As drogas, como forma de nos podermos referir a elas sem dar “cana” (cá está) tomam nomes de outras coisas. Heroína por exemplo é chamada “Cavalo”. Pergunto-me, e perguntam-se vocês também de certeza, PORQUÊ? Ainda que nomes de outras drogas, sejam criados a partir do seu aspecto físico: branca, sabão, pó, bolota, etc.; “cavalo” não parece ter nenhuma relação com o aspecto físico. Será que aquilo dá coice? Será que faz ver cavalinhos? (Sempre que ouço a palavra “cavalo” neste contexto lembro-me duma cena do “Dumbo” da Disney em que ele toma qualquer coisa (álcool suponho) e começa a ver elefantes cor-de-rosa dançarinos e bolhas de sabão, num espectáculo de luz e cor alucinogénico digno da Broadway) Será que é por ser a mais forte? Há coisas mais fortes que os cavalos! Enfim não se percebe.
Outra coisa é o nome dado aos toxicodependentes… são sempre referidos como “pitchas”. Porque será? Será por perderem a noção da realidade e andarem com a braguilha aberta?

Sugiro a criação de uma lista de todos os nomes e expressões que se utilizam em substituição do nome verdadeiro das drogas. É imperativo que se compile esta informação! Já que Saramago apenas prometeu mas não cumpriu!


Estilos

Uma coisa que me tem intrigado bastante nos últimos tempos (e por isso não tenho podido satisfazer a minha legião de fãs escrevendo mais posts na zona) é a estranha capacidade da língua portuguesa de criar expressões e palavras cuja origem é dúbia e estupidez claríssima. Como este blog trata essencialmente da estupidez, importa também procurar a origem de algumas estupidezes que por aí se praticam.
Todos conhecemos expressões populares desprovidas de sentido literal, e convido-vos a trazê-las à luz do dia e ao escrutínio de todos.

Já repararam que “Dar uma vista de olhos” não faz sentido e é quase uma volta de 360º? Haveria de se “dar uma vista” de quê? Alguém me explique! “Rir a bandeiras despregadas” será uma espécie de riso em que o corpo tem convulsões violentas e se deixa arrastar pelo vento dobrando-se sobre si mesmo e chicoteando o ar (é esta a imagem visual que tenho de uma bandeira despregada)? Se a bandeira estiver mesmo totalmente despregada então deixa-se mesmo arrastar pelo vento, e seria realmente muito cómico dizer-se uma piada e ver a plateia a correr e a dar cambalhotas dali para fora.
Outra é a mania que algumas pessoas têm de “mandar bocas”. Outra expressão que literalmente teria um sentido bastante cómico. E certas pessoas teriam vantagem! Uns lábios africanos acertariam com mais força e provocariam certamente mais danos (o que não deixa de ser irónico, já que têm um treino intensivo nos estaleiros de construção).

“Tremer como varas verdes” é, apesar da riqueza estilística, completamente estúpido. As varas por serem verdes tremem mais que as outras? Só se fossemos examinar a expressão à luz das capacidades recentes da linha defensiva leonina, mas a expressão, penso eu, é muito mais antiga!
“Sair o tiro pela culatra” apesar de literalmente fazer sentido, utiliza uma palavra de origem duvidosa… Culatra assemelha-se foneticamente (e com alguma boa vontade) a Cu e a largo (ok… eu percebo-vos… mas imaginem alguém a dizer Cu Largo em latim ou grego e vejam se não faz mais sentido). Será uma palavra que tem origem no seu sentido metafórico de que estamos prestes a ser possuídos por trás e à bruta, ou seja, lixados?

Outra coisa que me intriga é a crescente falta de imaginação para a criação destas expressões, que apesar de estúpidas, são bonitas e eu gosto. Cada vez mais se utilizam expressões de fácil criação, que são igualmente desprovidas de sentido e igualmente estúpidas, mas muito mais feias do ponto de vista estilístico. Por exemplo: “Está frio como o car*lho” ou “Chove como a m*rda”.

Não me lembro de mais expressões de momento, mas incito-vos à participação. Terei todo o gosto em tentar decifrar a estupidez inerente a cada uma delas.